RADAR ON-LINE/LAURO JARDIM/VEJA.COM
Casos de polícia
Na órbita do inacreditável Carlos Lupi há um personagem que chama a atenção pelo exagero.
Trata-se do seu assessor especial e braço-direito há anos, Flavio Zacher.
Recentemente, Zacher passou a andar com seguranças armados.
No último Congresso do PDT, no mês passado, seus capangas ameaçaram outros pedetistas.
Os bilhões da segurança
Os gastos com segurança pública alcançaram 47,6 bilhões de reais em 2010.
É um número aparentemente portentoso, mas somente 4,4% maior do que o que foi gasto no ano anterior.
O dado, inédito, consta do Anuário do Brasileiro de Segurança Pública, que será lançado na quarta-feira.
O estudo revela que o Rio de Janeiro, não à toa, foi o único estado do Sudeste que teve aumento nos gastos nesta rubrica entre 2009 e 2010: mais 36%.
Quem vestirá Neymar?
Está em curso uma disputa acirrada pelo direito de vestir o Santos até 2014.
Depois da renovação de contrato com Neymar, o clube quer trocar de fornecedor esportivo, mas esbarra em uma cláusula do contrato com a Umbro, que vence no fim do ano.
Por ter direito de preferência na renovação, a Umbro terá acesso nos próximos dias às propostas enviadas pela Penalty e Nike.
Se igualar o valor, o Santos será obrigado a renovar mesmo contra a vontade da diretoria.
Desconforto nos bastidores
As relações entre Dilma Rousseff e o PT passam, nos bastidores, por novo período de turbulência.
O problema é, sobretudo, com os prefeitos petistas.
Eles se queixam de que Dilma não libera emendas parlamentares — que financiam o asfaltamento de ruas, a criação de parques e praças nas cidades.
São obras menores, mas com bom potencial de votos. Assim, avaliam, crescem as dificuldades para a campanha eleitoral de 2012.
A chiadeira é constante nos ouvidos de Rui Falcão, o presidente do partido.
Até Lula já foi procurado pelos descontentes: dois meses atrás, reuniu-se com eles em São Paulo.
Pediu uma lista de emendas prioritárias para entregar a Dilma. Não se sabe se o fez.
O que se sabe é que nada saiu.
As óperas de Simonsen
Um conjunto de textos inéditos – e surpreendentes – de Mario Henrique Simonsen estará à disposição do público nos próximos dias. Nenhum deles passa perto da economia. São críticas de grandes óperas.
Os textos estavam até há pouco tempo esquecidos numa pasta e foram encontrados por sua mulher, Iluska.
Simonsen, um dos mais refinados intelectuais brasileiros e profundo conhecedor de ópera e música clássica, escreveu-os a partir de uma espécie de desafio feito pela Insight Comunicação: analisar e explicar as dez maiores óperas já escritas, de acordo com sua avaliação.
Como ficou doente, deu tempo de debruçar-se apenas sobre três — Don Giovanni, Tristão e Isolda e Otello — e escrever o ensaio de introdução ao tema.
No estojo Ópera por Simonsen, constam ainda CDs com as óperas selecionadas.
É um trabalho primoroso, didático e apaixonado do ex-ministro da Fazenda, que foi também crítico musical de VEJA por dez anos.
Diz Simonsen em certo trecho do primeiro dos quatro volumes:
“O perigo é se apaixonar pela ópera e querer ouvi-la todo dia, ou quase. A paixão pela música cria uma forma de dependência psicológica. Só que essa dependência leva à felicidade, e não à autodestruição”.
Quem quiser ler os textos de Simonsen na íntegra pode acessar a partir de segunda-feira o link www.insightnet.com.br/operasimonsen
20 de novembro de 2011
Prezado Jota Agostinho, estive no 5º Congresso Nacional do PDT em Porto Alegre e não vi isto que Lauro Jardim relatou na revista Veja sobre o companheiro Flávio Zacher. É pura pimenta contra o PDT nos olhos dos teus privilegiados leitores, entre os quais me incluo. Há problemas no Ministério do Trabalho, é verdade, que precisam ser (o que a revista está correta em exigir) e estão sendo (o que é omitido pela revista) investigados por orientação do próprio ministro Carlos Lupi, contra quem não há sequer suspeita até o momento, exatamente por isto permanece intocável no Ministério.