Um vídeo que mostra o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), que também é pastor evangélico, pedindo dinheiro para os fiéis de sua igreja, a Catedral do Aviamento da Assembleia de Deus.
O pastor também repreende um fiel que doou o cartão sem a senha para sacar o dinheiro.
“É a última vez que eu falo. Samuel de Souza doou o cartão, mas não doou a senha. Aí não vale. Depois vai pedir o milagre para Deus e Deus não vai dar. E vai falar que Deus é ruim”, diz durante a celebração na igreja.
O pastor é o indicado do PSC para assumir a presidência da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara.
Mas seu nome é alvo de protestos por declarações consideradas homofóbicas e racistas de autoria do pastor.
No vídeo, Feliciano incita os fieis a doarem R$ 1.000, mas para quem não pode oferecer toda a quantia, o pastor diz para doar R$ 500.
Segundo o pastor, o fiel pode fazer a “oferta” de diversas formas. A igreja aceita dinheiro, cheque, cartão, depósito bancário e até moto. Também aceita cheques pré-datados para 90 dias.
“Isso não te quebra o coração, você vai ficar mesmo com esse dinheiro na carteira?”, questiona o pastor.
“Esse foi o que acreditou”, diz o pastor ao pegar o cheque de um fiel. “Esses eu queria segurar todos na mão porque eu vou fazer uma oração especial para ele.”
SESSÃO DA COMISSÃO EM BRASÍLIA
A sessão foi marcada pela presença de ativistas e militantes favoráveis à causa homossexual.
Manifestantes gritaram palavras de ordem e interromperam várias vezes a reunião. Ao final, encerrada a sessão, gritaram: “Até o papa renunciou, Feliciano, sua batata já assou”.
Em seu Twitter, a assessoria de Feliciano afirmou que ele saiu da sessão com “lágrimas nos olhos”, escoltado por seguranças e quase agredido.
Em 2011, Feliciano declarou que os “africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé”. Depois, disse que foi mal compreendido: “Minha família tem matriz africana, não sou racista”.
O pastor diz que não é homofóbico, mas afirma ser contra o ato sexual entre pessoas do mesmo sexo.