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TSE abre investigação contra campanha de Bolsonaro, mas nega diligências e quebras de sigilo
O suposto caso de envolvimento de Jair Bolsonaro com empresas responsáveis por disseminar notícias falsas contra seu adversário, Fernando Haddad, por meio do WhatsApp, ganhou um novo capítulo na noite desta sexta-feira (19).
O corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Jorge Mussi, corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, deu prosseguimento à ação que investiga o caso, mas negou os pedidos de busca e apreensão e quebra de sigilo feitas pelo PT.
Mussi rejeitou todos os pedidos de quebra de sigilo bancário, telefônico e de prisão dos supostos envolvidos por entender que as justificativas estão baseadas em notícias de jornal e não podem ser decididas liminarmente.
Ontem (18), o jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem segundo a qual empresas de marketing digital custeadas por empresários estariam disseminando conteúdo em milhares de grupos do aplicativo.
“Observo que toda a argumentação desenvolvida pela autora está lastreada em matérias jornalísticas, cujos elementos não ostentam aptidão para, em princípio, nesta fase processual de cognição sumária, demonstrar a plausibilidade da tese em que se fundam os pedidos e o perigo de se dar o eventual provimento em momento próprio, no exame aprofundado que a regular instrução assegurará”, decidiu o ministro.
Entre as diligências negadas estão a realização de busca e apreensão de documentos na sede da rede varejista Havan e na casa do dono da empresa e apoiador de Bolsonaro, Luciano Hang, além de determinação da prisão dele, caso fosse rejeitado acesso à documentação.
O PT também queria que fosse determinado ao WhatsApp que apresentasse, em 24 horas, um plano contra o disparo de mensagens ofensivas em massa contra Haddad.
Apesar de negar as diligências, Jorge Mussi concedeu prazo para que a campanha de Bolsonaro possa apresentar defesa prévia.
Com a decisão, os fatos serão investigados no decorrer normal do processo eleitoral no TSE.