SENSO INCOMUM/Flavio Morgenstern
Colunista mentiroso da Folha diz que Bolsonaro quer fechar o Congresso e o STF e censurar imprensa
Não se engane: é com este tipo de mentira da Folha que estão dizendo que as manifestações do dia 26 são autoritarismo e “risco à democracia”
Um certo Celso Rocha de Barros, que tem um perfil “NPTO” no Twitter, sociólogo (com todo o discurso pronto da média dos sociólogos, facilmente apreendível lendo duas colunas da Folha de S. Paulo), cometeu um artigo neste mesmo jornal afirmando que Bolsonaro quer fechar o Congresso e o STF, censurar a imprensa e “perseguir a esquerda”.
A narrativa implantada combina cirurgicamente com tudo aquilo que a sociologia, digo, a grande e velha mídia quer pintar sobre Bolsonaro e as manifestações contra os acordos do centrão programadas para o próximo dia 26: de que seria uma tentativa de “golpe”, de recusa à divisão entre poderes ou, como disse certo historiador hoje, de neonazismo (sério, 2019, tá na hora de inventar outra referência… que tal “hooligans”?).
O colunista da Folha mente descaradamente: e é essa gente que quer falar que o problema do mundo são “fake news”, para poder censurar discordantes.
Após citar o já famoso texto que Bolsonaro cometeu o crime lesa-pátria de compartilhar no Zap como uma análise digna de ser lida (e com críticas a ele próprio, esse autoritário), Celso de Barros apresenta uma “prova” que seria digna de demissão sumária em qualquer jornal há 20 anos:
“Essa é a versão que Bolsonaro está tentando vender: a de que não conseguiu fazer nada de útil em cinco meses porque não deixaram. Ele diz isso para que seus apoiadores culpem o Congresso, o STF, a imprensa, e, é claro, a esquerda.
A verdade é o contrário: Bolsonaro quer fechar o Congresso e o STF, censurar a imprensa e perseguir a esquerda. Por isso, não faz nada e força crises.
Não por acaso, enquanto os bolsonaristas divulgavam o texto de Portinho (que não parece ter nada a ver com a coisa toda, coitado), também convocavam uma manifestação de apoio a Bolsonaro.
Não precisa acreditar em mim: pesquise o que a turma que apoia a manifestação está dizendo nas redes sociais. A conversa é sobre fechar Congresso, expulsar ministros do Supremo e daí pra baixo. É um movimento em defesa de um golpe de estado.”
Os sociólogos “meio esquerdosos” (como Celso Rocha de Barros se auto-proclama) têm um sério problema para analisar a sociedade: uma dificuldade incomensurável (ou, vamos falar o português claro, uma pilantragem desgraçada) de definir atores, ações e suas conseqüências. Que análise da sociedade pode surgir disso?
Se o texto foi divulgado por Bolsonaro como algo a ser lido, até mesmo como auto-crítica, mas outras pessoas, em grupos do qual Bolsonaro nunca ouviu falar, é Bolsonaro que quer fechar o Congresso e o STF?
Se esses grupos dizem que a Folha de S. Paulo tem uns colunistas bostas, significa que o presidente está tentando censurar a imprensa e perseguir a esquerda (ai, tadinha!!!)?
O grande historiador Georg Jellinek (esses gênios que sociólogos de Folha nunca ouviram falar) se preocupa muito em entender o ator político, já que idéias não surgem do éter.
Afirmar que Bolsonaro quer dar um golpe, fechar o Congresso e o STF porque ele leu outras pessoas em redes sociais gritando “Tem que fechar o Congresso!” e chamar isso de análise política é coisa de CALHORDA.
Como se ninguém nunca tivesse dito na vida que a solução é implodir Brasília inteira (oh, atos terroristas! nazismo! mimimi!).
É gente que sabe que está mentindo, mas como “tem coluna na Folha”, acha que pode falar qualquer pilantragem, acreditada apenas pelo próprio bandalho, em retro-alimentação de mentiras, tentando parecer inteligentes e “bem informados”.
O tal presidente que quer “censurar a imprensa” lê esse tipo de texto cretino, totalmente mentira (“fake news” é mais modinha, né?), e simplesmente ignora.
Bem, um texto com esta acusação não é lido hoje nem pela esquerda (a coitadinha perseguida), que dirá ser levado a sério por alguém de alto escalão.
Mas vale para dizer que Bolsonaro é autoritário, justamente porque ele se deixa caluniar – e no pacote se pode caluniar milhares de pessoas que vão às ruas – eu, você.
É claro que se acharmos o que petistas falam nas redes sociais, em 5 minutos leríamos que Bolsonaro precisa ser decapitado, que Moro precisa ser fuzilado, que Janaína Paschoal é uma… nem precisa dizer, né?
Aliás, não precisamos ir às redes dos petistas: podemos ouvir Lula mandando enfiar processo no cu (obrigado, Jandira!), que vai botar os peão pra encher os coxinha de porrada, que o STF e o Congresso estão completamente acovardados (era pra ter coragem de quê?).
Já pensou dizer que o presidiário amigo dos piores ditadores do mundo, que deu dinheiro para o Hamas, quer dar um golpe?
Que Haddad quer fechar o Congresso e o STF?
Este colunista aí estaria falando em “pós-verdade”, em astrólogo, em guru, em ditadura militar e aquela papagaiada toda. Mas como é contra Bolsonaro, pode tudo.
E a turma isentona que quer arrumar um pretexto para preferir um Rodrigo Maia (!!!) a Bolsonaro, usa esse tipo de texto para se fazer de moderada e ponderada.
Afinal, que radicalismo seria fazer crítica a deputados, né? Quase um Terceiro Reich, onde já se viu?!
Rodrigo Constantino, um dos maiores defensores do establishment, já até criou enquete, como se Bolsonaro (ou alguém) estivesse querendo mesmo fechar o Congresso.
É isso que é considerado “inteligente” pela isentosfera e demais leitores de grande mídia no país.
E só com esse tipo de mentira retardada, abjeta, imbecil, sem vergonha, plantada para chamar milhares de pessoas de ditadoras, de autoritárias e de coisas mais baixas.
Os Adélios Bispos já até nos ficham, com o que sai mapeado pela própria grande mídia.
E os radicais, lambe-botas de políticos, seita, irracionais, perigosos, autoritários, pós-verdadeiros, tias do Zap, extremistas, jacobinos, má-estirpe, seguidores de Jim Jones, pessoas tão irracionais que não aceitam negociar pacote anti-crime e reforma da Previdência com Rodrigo Maia, os novos neonazistas, obviamente, somos nozes.