Paulo Guedes: “Somos 200 milhões de trouxas explorados por duas empreiteiras, quatro bancos, uma produtora de petróleo”
Silvia Zamboni | Valor | Agência O Globo
Nesta quinta-feira (4), o ministro Paulo Guedes (Economia) palestrou no evento da XP Investimentos.
Guedes falou sobre o atual cenário econômico brasileiro e se mostrou otimista quanto à reforma da Previdência, aprovada ontem na Comissão Especial na Câmara Federal.
Durante um certo momento da sua fala, o ministro declarou:
“Se falta segurança pública, se falta hospital, se falta saneamento, esse recurso tem que descer. Não podia estar lá em cima.
Nós somos 200 milhões de trouxas, explorados por duas empreiteiras, quatro bancos, seis distribuidoras de gás, uma produtora de petróleo”.
Ainda segundo Paulo Guedes, a política de “campeões nacionais” é o exemplo mais clarividente dessa distorção.
“O presidente torce para um time, surge um estádio. O presidente gosta de um empresário, ele vira o maior empresário de proteína animal do mundo. O presidente gosta de outro, vira a maior empreiteira da América. Não é assim”, disse.
De acordo com ele, “nenhum presidente pode ter tanto poder”, como ocorreu com Lula.
Onde Estava O Coaf Que Não Pegou Colunista Da Globo Pelos R$ 375 Mil Recebidos Do Senac?
O nome do global MERVAL PEREIRA está metido num imbroglio entre a Fecomércio-RJ e a Confederação Nacional do Comércio (CNC), por causa de palestras contratadas sem licitação e fora dos objetivos do Senac.
O caso deriva de uma auditoria na gestão de Orlando Diniz, amigo do ex-governador Sergio Cabral, que dirige o Senac-RJ e o SESC-RJ.
Segundo o site Intercept, desde janeiro de 2016 o Senac do Rio já demitiu mais de mil funcionários.
O relatório da auditoria chama a atenção por várias dúvidas levantadas.
Uma das principais diz respeito aos gastos com propaganda.
Segundo os auditores, em 2015 o Senac-RJ gastou R$ 89,9 milhões em sua principal missão institucional, educação profissional, e R$ 74,5 milhões em eventos e publicidade.
Uma empresa de intermediação de publicidade recebeu R$ 91,1 milhões adiantados nos anos de 2015 e 2016.
Seria dinheiro repassado depois a empresas de mídia.
A Fecomércio-RJ é uma das patrocinadoras do RJ-TV, o principal telejornal local da Globo.
Outro ponto que chamou a atenção dos auditores foi o gasto com palestras sem a realização de licitação e fora dos objetivos da entidade — sempre de acordo com a auditoria.
Palestras milionárias de globais no Senac-RJ!
Quem mais recebeu por “palestras” foi o Merval Pereira, R$ 375 mil.
As palestras foram contratadas sem licitação.
Outros funcionários da Rede Globo contratados foram Giuliana Morrone e Cristiana Lobo.
Após aceitar ministério, Moro afirma não ter pretensões eleitorais
Magistrado disse que se vê ingressando em um cargo “predominantemente técnico” e defendeu Bolsonaro afirmando não acreditar que o presidente eleito fará um governo autoritário
Juiz Sergio Moro fez a palestra de abertura da Conferência Smart Energy e GreenBuilding Brasil, evento realizado em Curitiba.
Foto: AlbarioRosa/Gazeta do Povo
O juiz federal Sergio Moro disse que não tem pretensão de usar o cargo de ministro da Justiça, que irá assumir daqui a dois meses, como trampolim para disputar um cargo eletivo.
O magistrado rebateu críticas de que estaria abandonando a Lava Jato para entrar na política.
“Eu me vejo ingressando em um cargo predominantemente técnico”, afirmou Moro, na noite desta segunda feira (5), durante palestra, em Curitiba.
Ele reforçou ainda o que disse em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, em novembro de 2016, sobre não querer entrar para a política.
“Não pretendo jamais disputar um cargo eletivo”, reiterou.
“Meu objetivo não é me tornar propriamente um político, apenas realizar um trabalho técnico”, afirmou Moro.
Ele foi aplaudido pela plateia da Conferência Smart Energy e GreenBuilding Brasil, evento realizado na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
“Moro voltou a destacar o juiz italiano que enfrentou a máfia italiana, Giovani Falconi.
O juiz da Lava Jato disse se inspirar no magistrado italiano, que deixou a magistratura para entrar para a política “sem um projeto de poder, mas com um projeto de fazer a coisa certa”.
Moro afirmou que aceitou o convite de Jair Bolsonaro (PSL) para assumir o Ministério da Justiça porque achou que há uma série de receios infundados em relação ao governo dele.
“Eu sou um homem da lei. Também achei que minha participação poderia contribuir para afastar esses receios infundados”, disse.
Moro garantiu não acreditar em um governo autoritário por parte do presidente eleito.
O juiz ressaltou que a corrupção sistêmica revelada pelas investigações explica a falta de confiança do brasileiro na democracia.
Ele ressaltou, porém, a importância da democracia. “Somente em um ambiente livre e democrático é que esses escândalos vêm à tona”, disse.
Sobre sua gestão no ministério da Justiça, Moro disse que duas pautas são fundamentais: o enfrentamento à corrupção e ao crime organizado.
Moro afirmou que um pacote legislativo será encaminhado ao Congresso já no início da próxima legislatura, com medidas de combate a corrupção e ao crime organizado.
“Ao fazer um histórico da Lava Jato, o juiz destacou momentos que considerou “de tensão”.
“Houve momentos em que muitas vezes se tinha a percepção de que o trabalho seria perdido”, disse, citando a concessão de habeas corpus a investigados, vazamento de delações premiadas nas eleições de 2014 e a tentativa de votação no Congresso da Lei de Abuso de Autoridade.
“Todos esses momentos de dificuldade me levaram a tomar a recente posição”, disse.
O agora ex-juiz da Lava Jato falou na abertura do evento.
O tema era “conduta pessoal e de que maneira as posturas adotadas pelos indivíduos podem transformar o meio em que vivem”.
Essa foi a primeira palestra de Moro desde que ele aceitou o convite de Bolsonaro.
Nesta segunda-feira, Moro pediu férias para trabalhar na transição para o cargo.
Em janeiro, ele terá que pedir exoneração da carreira de juiz.
Leprevost fala para alunos da UniBrasil sobre a importância da conscientização política como uma das medidas para evitar a corrupção
O deputado Ney Leprevost ministrou palestra na quinta-feira, dia 17, no Auditório Cordeiro Clève do Centro Universitário UniBrasil para mais de 300 alunos da instituição.
Leprevost defendeu a importância da conscientização política como uma das medidas para fiscalizar os agentes públicos evitando assim a corrupção.
“Eu considero fundamental que esta nova geração tenha uma consciência muito forte em relação a questão da cidadania, ao seu papel como contribuinte e ao rechaçamento total do desvio do dinheiro público”, disse.
E complementou: “Se toda a população se conscientizar que deve saber cobrar da maneira adequada os governantes, fazendo com que estes correspondam da melhor forma possível aos anseios da sociedade, gerindo de forma séria e competente, nós podemos sim ter uma País melhor onde as pessoas tenham suas necessidades básicas atendidas”.
O parlamentar afirmou ter plena consciência de ser um servidor público à serviço da população e deixou o email [email protected] pedindo sugestões e ideias, criando assim mais um canal de diálogo.
Para finalizar Leprevost disse que a Operação Lava-Jato nos dá esperança de acreditar neste País e citou as palavras do escritor Rui Barbosa:
“Nós não escolhemos o País onde nascemos, mas construímos o País em que vivemos. Eu acredito no Brasil, mas cabe a cada uma e a cada um de nós a construção de um futuro melhor para este maravilhoso País”.
Além do deputado Ney Leprevost, autor da Lei de Ficha Limpa e da Lei da Transparência, proposta pelo “Movimento Paraná que Nós Queremos”, foram palestrantes o Procurador Regional da República da 3ª Região e membro da Força-Tarefa do Ministério Público Federal na “Operação Lava Jato”, Carlos Fernando dos Santos Lima e o professor e coordenador do curso de Administração do Centro Universitário UniBrasil, Cláudio Marlus Skora.
O convite foi formulado pela coordenadora do Projeto Academia UniBrasil, professora Wanda Camargo, e teve como tema “A Cidade e a Corrupção: Sonho e Distopia”.
(Via Assessoria de Imprensa – Pedro Mariucci Neto).