AGÊNCIA ESTADO
Na véspera da reunião da cúpula do PDT que vai discutir a crise no Ministério do Trabalho, o ministro Carlos Lupi se disse “pronto para a luta” e afirmou que o partido apoia a presidente Dilma Rousseff independente de estar ou não no governo.
“O que vai haver na reunião é um debate. Não temo perder o ministério. O partido não teme perder o ministério. O PDT apoia o governo Dilma com ou sem ministérios”, afirmou Lupi, que participou ontem do lançamento do Anuário do Trabalho e Qualificação Profissional do Estado do Rio, no escritório do Ministério.
Presidente licenciado do PDT, Lupi disse estar preparado para responder a qualquer questionamento dos companheiros de partido.
Afirmou também estar disponível para voltar ao Congresso, caso seja chamado pelos parlamentares.
22 de novembro de 2011
A tendência é o PDT continuar com Carlos Lupi no Ministério do Trabalho, mesmo com a reforma ministerial, para surpresa geral e aplausos de uns ou decepção de outros. Para entender melhor a questão, além da unidade partidária que há em torno de Lupi especialmente porque não pesa contra ele sequer suspeita de irregularidade (testemunhei isto ontem em Brasília durante a Conferência Nacional de Educação promovida pelo nosso partido), incluo a seguir análise interessante que extraí do Paraná Online no fim de semana.
Jornalistas e comentaristas têm deixado escapar de suas leituras um fato importantíssimo de caráter histórico: a relação estreita e afetiva que a presidente da República tem com o trabalhismo. Dilma Rousseff, embora seja filiada ao PT, não nasceu na sigla. Ao contrário. Seu ingresso na legenda só ocorreu em 2001, quando, por desentendimentos quanto à política eleitoral local no Rio Grande do Sul, deixou o PDT. Carlos Araújo, ex-marido da presidente Dilma, é um dos mais importantes conselheiros da presidente. Nesse incidente do PDT, em particular, mais ainda. Araújo simplesmente representa a própria concepção da fundação pedetista, visto que foi nome de primeira hora na inauguração do partido.