A bancada de vereadores do PSC questionou na sessão plenária desta terça-feira, o presidente da URBS, Roberto Gregório da Silva Junior sobre a existência de uma caixa-preta na URBS.
O presidente admitiu que “tudo que envolve muito dinheiro público e não esteja disponibilizado para a população gera essa dúvida”.
Rogério Campos (PSC), representante dos motoristas e cobradores na Câmara, disse ao presidente da URBS enquanto o presidente usava a Tribuna Livre, que não entende como a URBS contraiu uma dívida de mais de 100 milhões de reais.
“Ninguém conseguiu me explicar isso ainda. São mais de um milhão e cem mil usuários que pagam passagem todos os dias. Para pagar os funcionários são gastos 14 milhões por mês. A URBS arrecada mais de 90 milhões mensalmente. No que está sendo investido esse dinheiro? Quem é o grande vilão? A conta não fecha!”, questionou Rogério Campos.
Ele enfatizou que propôs a criação de uma secretaria do Transporte Coletivo para tirar das mãos da URBS o controle sobre o sistema.
“É o poder público, o executivo quem tem que gerenciar o transporte coletivo e não uma empresa de economia mista, como a URBS. Acredito que só assim haverá transparência e lisura na aplicação do dinheiro público”, argumentou.
Nesta manhã, a imprensa divulgou que o governado do Estado não vai mais subsidiar a passagem de ônibus em Curitiba a partir de maio.
“Sou contra o aumento da tarifa previsto para os próximos dias, porque o ônus fica sempre para o povo e não há o retorno do que se paga. Na periferia, no Tatuquara e Rio Bonito, por exemplo, o transporte público é muito precário”, disse o líder da Bancada Mestre Pop (PSC).
O presidente da URBS agradeceu a vista do vereador do PSC , quando Mestre Pop reivindicou as demandas do bairro que representa. No entanto, Gregório da Silva Junior não soube responder quando o sistema vai melhorar na região de Mestre Pop, onde o vereador destacou que a população está indignada porque não tem contra partida.
A vereadora Carla Pimentel (PSC) sugeriu que o assunto seja amplamente discutido.
O aumento da tarifa tem que ser discutido e planejado. Precisamos disponibilizar mais ônibus em determinadas regiões, assistir a população mais carente, agregar atendimento digno as mulheres, motoristas, cobradores e sociedade”, afirmou a vereadora do PSC.
“Vamos construir uma agenda positiva da URBS. Podemos realizar aqui na Casa seminários até esgotarmos o assunto. Parabéns vereadora pela sugestão. Esse é o caminho”, concluiu o presidente da URBS.