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Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso, o cardeal protodiácono francês Jean-Louis Pierre Tauran anunciou às 16h10 de Brasília (20h10 de Roma) o nome do sucessor de Joseph Ratzinger no comando da Igreja Católica.
O eleito pelos 115 cardeais que participaram do conclave é o argentino Jorge Mario Bergoglio.
Primeiro latino-americano e primeiro integrante da Companhia de Jesus a chegar ao posto máximo da Igreja Católica, Bergoglio, que adotou o nome de papa Francisco, terá pela frente um sem fim de problemas para solucionar na Santa Sé, começando pelos crimes cometidos no Banco do Vaticano, instituição financeira que é conhecida mundialmente como centro de branqueamento de capitais, um dos motivos que levou Ratzinger à renúncia.
Jorge Mario Bergoglio, que recentemente entrou em rota de colisão com a presidente Cristina Kirchner por discordar da decisão do governo argentino de aprovar a união entre pessoas do mesmo sexo, é um crítico ácido da atual realidade que domina sua terra natal.
Em recente entrevista, o agora papa Francisco disse que “os argentinos se acostumaram a conviver com os efeitos demoníacos do domínio do dinheiro, das drogas, da corrupção e do tráfico de pessoas e crianças”.
Escolhido por seus pares no Colégio Cardinalício para comandar a Igreja Católica, Bergoglio não é um inocente que desconhece a verdade e muito menos pode ignorar os muitos escândalos que se escondem nos intramuros da Praça São Pedro.
O novo papa deve se preocupar com própria segurança, pois a manutenção de suas ideias acerca da corrupção e uma eventual tentativa de promover uma faxina no Vaticano exigirão cuidados redobrados.
Arcebispo emérito de Brasília, o cardeal João Braz de Avis não errou ao cobrar de Tarciso Bertone maior transparência em relação aos recentes escândalos que culminaram com o Vatileaks e a renúncia de Ratzinger, que prometeu entregar um dossiê aos cardeais.
Não se deve esquecer que Bento XVI, antes de renunciar, nomeou um integrante da Ordem de Malta, o advogado alemão Ernst Von Freyberg, para presidir o Banco do Vaticano.
Qualquer mudança radical na instituição colocará o papa Francisco em situação de risco.
E não foi por acaso que Albino Luciani, o papa João Paulo I, foi assassinado pouco mais de um mês depois de assumir o timão da Igreja Católica.
O grande trunfo de Bergoglio será manter o cardeal Odilo Scherer como fiscal das operações financeiras do Banco do Vaticano.
14 de março de 2013
De fato até onde pôde a igreja católica escondeu muita sujeira por baixo de tapetes. Com o advento da internet, “nada se esconde tudo de espalha”.
Lembremos que a Igreja ainda´possui sobre muitos países, uma hegemonia política . Dotada de grande poder medieval ela elege, influencia e mantém seus interesses e daqueles que a ela se aliam, principalmente em campanhas eleitorais.Não deveria ser seu papel, mas é o que ocorre e não de boazinha, mas por interesses particulares.Faz parte de um poder quase inabalável.
Precisa sim, rever certos dogmas e se adaptar a um mundo novo, sem perder sua essência.A Igreja não pode ser o Estado .
Qto a eleição de um argentino, precisa-se levantar a moral deste povo que no poder opressor de sua governante , a desesperança e falta de fé se alastra dando espaço a uma pseudoditadura tão atrasada qto sofrida. Pelo menos nesse cenário, um Papa Argentino revigora a Igreja enquento missão esperança e freio aos ditadores de plantão