Pe. Joaquim Parron, CSsR
Provincial dos Missionários Redentoristas, doutor em Ética Social pela the Catholic University of America, Washington, DC, USA e coordenador da pós em Ética e Educação da FACSUL.
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Desde a renúncia do Papa Bento XVI até a eleição do Papa Francisco, algumas vertentes da imprensa internacional, anti-católicas, falaram tolices e até absurdos sobre a Santa Sé.
Mas, por outro lado, a imprensa responsável não deixou de apontar as fragilidades das pessoas que falam em nome da Igreja, apontando ao mesmo tempo a força moral dessa instituição e deixando espaço para compreender que a mesma é humana e divina.
Essa imprensa responsável, grandes periódicos e grandes redes de televisão, mostrou uma Igreja atuante, no diálogo e na busca da paz, em várias partes do mundo.
A Santa Sé tem buscado nos últimos 100 anos levar a palavra de esperança, mas também de justiça social. Basta lembrar a Encíclica Rerum Novarum, escrita em 1891 por Leão XIII.
Desde então, todos os papas têm pronunciado sobre a justiça social e a necessidade de paz na sociedade moderna.
Papa Francisco vem da realidade da Igreja Latino-Americana e traz consigo uma referência a São Francisco de Assis, que foi amigo dos pobres, da ecologia e de uma Igreja a serviço de uma sociedade mais humana e fraterna.
Com certeza, Francisco vai trabalhar para que a Igreja fortaleça sua doutrina que vem de Jesus Cristo e ao mesmo tempo uma Igreja que se moderniza para melhor evangelizar, promovendo o diálogo e a paz.
O Concílio Vaticano II, que atualizou a Igreja no mundo contemporâneo, afirmou que “a Igreja é em Cristo como que o sacramento ou o sinal e instrumento da união com Deus e da unidade do gênero humano.” (LG 1).
E também “o que a alma é para o corpo, são os cristão para o mundo” (LG 38). Assim, a Igreja não é uma instituição fechada em si mesma e para o seu próprio bem, mas sim a serviço no mundo da justiça, solidariedade e fraternidade, tendo Cristo Jesus como único salvador.
Isso evidencia com tantas obras sociais e de caridade espalhadas pelo mundo, fazendo da Igreja Católica a instituição que tem maior presença social caritativo do mundo, em vista do bem comum e não de si mesma.
Com a eleição do Papa Francisco a Igreja vai se modernizar ainda mais, no uso correto dos meios de comunicações, em vista de levar a Boa Nova de Cristo Jesus ao mundo.
Assim, Papa Francisco vai justamente resplandecer em seu ministério, através da luz do Espírito Santo, a Igreja de Cristo a serviço da humanidade em vista da salvação e da dignidade de todas as pessoas, especialmente das mais frágeis, pobres e vulneráveis.